segunda-feira, 27 de junho de 2011

Vamos juntos a Jerusalém: um pouco da História da Terra Santa

As ruínas de Jerusalém, com seus mais de 3000 anos de história, são um testemunho vivo de que as gerações passam, mas as pedras, mesmo não falando, continuam para nos contar a sua história. Diante desta panorâmica, façamos juntos uma retrospectiva histórica, ou seja, uma caminhada ao passado para entender o presente dos lugares santos. A nossa breve abordagem seguirá os seguintes pontos:

1. Da conquista da Terra Prometida ao Império romano

Os israelitas conquistaram a Terra Prometida pelo ano 1200 a.C. Chegaram pela margem ocidental da Jordânia, atravessando o Rio Jordão e conquistando Jericó, cidade habitada por outros povos. Este povo conquistou a terra e fortificou as suas tribos. No ano 1000 a.C., houve a unificação do reinado de Davi, com a sua capital em Jerusalém. Este reino durou até 587 a.C., quando os israelitas foram deportados para a Babilônia, no exílio, pelo rei Nabucodonosor. A cidade foi destruída pelos Babilônicos. Em 538 a.C. os israelitas foram libertados pelos Persas e iniciaram a reconstrução do Templo. Jerusalém passa a ser governada pelos sacerdotes. Em 334 a.C., com a conquista de Alexandre Magno, Jerusalém passa por um processo de helenização. Os gregos permaneceram nesta terra até 63 a.C., com a conquista do Império romano.

2. Do Império Romano à Conquista Turca

Os exércitos de Pompeu invadiram a Terra Santa em 63 a.C. Herodes, o grande, reconstrói o Templo. Nasce Jesus em Belém da Judéia. Em 70 d.C., na revolta dos romanos contra os judeus, os romanos destruíram o Templo. Em 300, com a vinda do Imperador Constantino – o Iluminado, o cristianismo renova as suas forças e passa a ser a religião oficial do Império. Constantino manda construir as grandes basílicas da Natividade (Belém), Santo Sepulcro e Pai Nosso (Monte das Oliveiras). Em 614 os Persas arrasam tudo na tentativa de apagar a memória dos lugares santos. Em 637, com a conquista dos muçulmanos, Jerusalém passa a ser a terceira cidade mais importante do Islamismo, depois de Meca e Medina. Quando os Cruzados conquistaram a Terra Santa 1099, para devolver os lugares santos à humanidade, Jerusalém estava sob o domínio dos Turcos, que permaneceram na Terra Santa até 1291, quando os Mamelucos começaram o seu domínio sobre os lugares santos. Os muros atuais da Cidade Santa foram construídos pelos turcos Otomanos, em 1530.

3. Da Conquista Turca ao Período Franciscano

Não obstante a presença dos turcos na Terra Santa, o começo da era franciscana se deu em 1219 com a vinda de S. Francisco de Assis à  Terra Santa. Depois de visitar Damieta (Egito) e dialogar com o Sultão, Francisco chegou em Acre (norte de Israel) e ali fundou uma pequena comunidade de frades menores. É importante notar que o Bispo da época era Giacomo da Vitry, amigo de Francisco de um encontro em Perúsia, dois anos antes. Fundaram então o convento de S. João do Acre. A presença dos frades na Terra Santa, apesar de precária, continuou até 1333, quando o rei de Nápoles, Roberto d’Angiò e a rainha Sancha di Mallorca compraram o Cenáculo, dos turcos no Monte Sión e presentearam este lugar aos frades menores. Com as bulas papais Gratias agimus e Nuper carissimae, o Papa Clemente VI confiou aos frades menores a custódia dos lugares santos em 1342. Assim, nasce oficialmente a Custódia da Terra Santa. Em 1347, os frades iniciaram a custódia da Basílica da Natividade (Belém), e em 1485 a custódia de S. João Batista (Ein Karem). Em 1523, com a conquista dos Turcos na Palestina, o Cenáculo, como sede da Custódia, foi transformado em mesquita e os frades foram obrigados a abandonar o convento. Em 1551, instalaram-se no Convento de S. Salvador (atual sede custodial). A partir deste ano, começaram a custódia em quase todos os lugares santos, conforme cronologia que segue:
  • 1630: Anunciação (Nazaré);
  • 1631: Monte Tabor;
  • 1641: início das negociações sobre Caná da Galiléia. Conclui-se em 1879;
  • 1661: Jardim do Getsêmani;
  • 1679: Visitação (Ein Karem);
  • 1836: Flagelação;
  • 1867: Emaús;
  • 1880: Betfagé;
  • 1889: Dominus Flevit e Primado de Pedro (Tabga);
  • 1894: Ruínas de Cafarnaum (vide foto acima);
  • 1909: Campo dos Pastores;
  • 1936: Cenacolino (proximidades do Cenáculo, que já era dos frades);
  • 1950: Betânia (todo o complexo).
É importante lembrar que todas estas conquistas, ou compras dos lugares santos só foi possível com a ajuda dos peregrinos de todo o mundo.

4. Do Período Franciscano ao Estado de Israel

Em 1917, durante a Primeira Guerra mundial, os turcos foram rechaçados pelo general Allemby, em Meguido. A Palestina passou ao domínio dos ingleses que em 1948, abandonaram a Palestina. Sob conselho das Nações Unidas, foi criado o Estado de Israel, no dia 18 de julho de 1948. Israel permaneceu com a parte ocidental do Estado, com cerca de um terço do território, e os palestinos, anexados à Jordânia, com a parte oriental do Estado (Cisjordânia).  Em 1967, na Guerra dos Seis dias (Yon Kippur), Israel conquista as colinas de Golán (Síria), o Sinai e a Faixa de Gaza (Egito) e toda a Cisjordânia. O monte Sinai foi devolvido ao Egito em 1979, com um acordo de paz entre Israel e Egito.  No dia 09 de dezembro de 1989 começou a guerra da Entifada, como modo de rebelião dos palestinos contra os israelitas nos territórios ocupados. Esta guerra terminou em1991, no acordo de paz de Madri. Desde 1981, a capital de Israel, era em Tel Aviv, passou a ser Jerusalém.

Frei Ivo (Comissário) 

Um comentário:

  1. Boa tarde é muito lindo eu adoro ouvi e falar das estoria da Biblia sagrada gostaria tanto de um dia esta ante mesmo de eu morrer esta la em jerusalem.muito bom comtinua com teu estorias bjs do Brasil

    ResponderExcluir